sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Primeiros EC725 serão embarcados para o Brasil




Com a presença do presidente do grupo Eurocopter, Lutz Bertling, o consórcio Helibras/Eurocopter apresentou, em 14 de outubro, o primeiro dos três helicópteros EC725 para os membros do GAC – Grupo de Acompanhamento e Controle, que estão acompanhando a produção das aeronaves na França. Os helicópteros, que a partir de 2012 vão ser produzidos no Brasil, serão agora transportados até as instalações da Helibras, em Itajubá-MG, onde serão finalizados para a entrega oficial à Marinha, ao Exército e à Aeronáutica em dezembro.


Ordem do Dia – Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira




Em um passado remoto, voar era um mitológico privilégio dos deuses e uma dádiva outorgada tão somente aos pássaros. Para o homem, apenas um sonho inatingível.

Quis a história, por um desígnio insondável ao conhecimento humano, que dois brasileiros, com toque divino de genialidade e determinação, dessem os primeiros passos para o domínio dos céus.

Bartolomeu de Gusmão, o predestinado padre voador, aliando atributos de competência e tenacidade, assumiu a primazia da conquista do ar, apresentando ao mundo, em 1709, na corte de D. João V, o aeróstato, primeiro aparelho mais leve que a atmosfera, totalmente concebido e construído pelo homem.

Dois séculos mais tarde, o jovem Alberto Santos-Dumont, com a ousadia dos que veem no impossível um mero estímulo para a imaginação, descortinou, em 23 de outubro de 1906, um novo cenário para toda a humanidade, ao decolar com o seu 14-bis.

A magnitude da obra do Pai da Aviação transcende o aspecto tangível de seu feito. Muito mais que um genial inventor, um intrépido piloto, um brilhante construtor e fervoroso desportista, Santos Dumont foi a materialização da perseverança.

“Haverá hoje, talvez, quem ridicularize minhas previsões sobre o futuro dos aeroplanos. Quem viver, porém, verá”, afirmou Santos-Dumont, em Paris, em 1905, um ano antes de alçar voo em seu mais pesado que o ar, dando mostras irrefutáveis da sabedoria e resoluta tenacidade de um gênio brasileiro.

Hoje, ao celebrarmos o Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira, enalteçamos o real sentido que aquela façanha conferiu à História e aos rumos da Humanidade, reflitamos sobre o significado do domínio dos céus, seus inerentes desafios e responsabilidades e, sobretudo, renovemos o incontido orgulho de sermos brasileiros – como Alberto Santos-Dumont.

Nobre Aviador,

Ao singrares o imenso azul do globo terrestre, leva contigo a admiração e o respeito de todos, pois és o lídimo depositário do legado de virtudes do patrono da aeronáutica.

Não voes, apenas. Sente a inolvidável magia e o contagiante fascínio de uma profissão versátil, instigante e incomum, que inebria o mundo, tal qual o fez com Santos-Dumont em seu primeiro voo, quando afirmou:
“Fiquei estupefato… Pareceu-me que nasci mesmo para a aeronáutica. Tudo se me apresentava muito simples e muito fácil; não senti vertigem nem medo. E tinha subido…”

Cultiva o impávido sentimento que, cedo o fez encarar o desafio do domínio da máquina, para que, envolto pela imensidão azul, logres incondicional êxito em sua valorosa missão.

No alvorecer de cada dia, deves manter a estoica consciência da grandiosidade dos teus atos, pois – ora os teus voos são sustentados por asas de perícia e arrojo, vigilantes na tutela de nossos mais autênticos preceitos; ora por asas que conduzem progresso, na obstinação de ser instrumento de inclusão social, levando o alimento, a saúde, a esperança aos vitimados ou desassistidos; ora por asas forjadas para o combate, treinadas para a defesa do nosso espaço aéreo, para o oportuno reconhecimento e letal bombardeio, que dignificam a tradição de glórias concebida no fragor da batalha e que tanto orgulho traz a nação brasileira.

Parabéns, cavaleiro do século do aço!

Parabéns à Força Aérea Brasileira que, com homens e mulheres, atuando nos mais diversos setores, voando e fazendo voar, contribuem para a manutenção do voo ascendente desta grande aeronave, colaborando de maneira incondicional para o desenvolvimento deste país.

Neste ensejo, vêm à memória a missão humanitária de ajuda ao povo haitiano, com 3.000 toneladas transportadas em nossas aeronaves e 36.000 atendimentos no hospital de campanha; a pronta ajuda ao povo chileno, sendo a primeira aeronave estrangeira a pousar em seu território, após os tremores, com equipes médicas e de socorro; além de inúmeras comunidades brasileiras atendidas nos hospitais de campanha; o empenho em minimizar o sofrimento de milhares de vítimas de calamidades de toda a sorte e tantas outras ações que exaltam o nome do Brasil e da Aeronáutica.

Graças ao empenho de cada um dos integrantes de nossa organização, somos hoje uma força aérea respeitada e atuante, perfeitamente inserida no contexto nacional e internacional.

Este é o auspicioso horizonte que se descortina diante de nossos olhos, essas são as ações de uma Força Aérea herdeira da sabedoria, da dedicação e, mormente, da perseverança do Pai da Aviação, da qual cada um de nós é parte indissolúvel.

Manifesto, pois, meu irrestrito reconhecimento, elevado respeito e profundo orgulho em comandá-los!

Que Deus continue nos abençoando, protegendo e iluminando nossos caminhos, rumo a um porvir digno do heróico povo brasileiro.
Muito obrigado.

Tenente-Brigadeiro-do-Ar JUNITI SAITO

Comandante da Aeronáutica

domingo, 3 de outubro de 2010

PM-RJ também terá ‘caveirões do ar’




O Grupamento Aéreo e Marítimo (GAM) da Polícia Militar vai disponibilizar um helicóptero para atuar somente nas cidades de Niterói e São Gonçalo. A medida será colocada em prática assim que a Polícia Militar adquirir a nova frota de 16 aeronaves e blindados que vão reforçar até 2016 o patrulhamento aéreo na capital e na Região Metropolitana do Rio.

“Estamos hoje com três aeronaves que fazem o patrulhamento tanto na Região Metropolitana, quanto na capital. Mas com as novas aquisições para os próximos anos, a região que abrange Niterói e São Gonçalo terá um helicóptero modelo Esquilo disponível para patrulhamento apenas nas duas cidades”, garantiu o major Rogério Cosendey, oficial do GAM.

Segundo o militar, o patrulhamento aéreo, atualmente, é direcionado de acordo com a demanda diária das cidades. “Normalmente, o GAM dá mais suporte à capital, por causa de sua maior demanda. Mas também atuamos em Niterói, caso haja alguma solicitação”, disse Cosendey, lembrando que um helicóptero participou de perseguição aos bandidos que roubaram uma financeira há duas semanas no Centro do município.

Além do helicóptero modelo esquilo, avaliado em R$ 4,4 milhões e capaz de transportar de dois a seis militares, também estão sendo adquiridas aeronaves blindadas do modelo Bell Huey 2, com custo aproximado de R$ 6,9 milhões cada. Uma delas, americana, já batizada pelos PMs de Sapão, chegará ao GAM em janeiro do ano que vem. O aparelho, com capacidade para transportar até 15 policiais, receberá blindagem em toda a sua estrutura.

Também foi escolhido o modelo Black Hawk, com blindagem para suportar tiros de fuzil 7.62. Mesmo atingido, o helicóptero consegue pousar sem riscos, já que possui duas turbinas. As duas aeronaves serão usadas tanto em ações de apoio ao Batalhão de Operações Especiais (Bope), quanto no resgate de vítimas de calamidades.

FONTE: www.ofluminense.com.br / COLABOROU: Sergio Cintra

F-35C, a variante embarcada do JSF


Nas fotos o F-35C, versão para operação em navios-aeródromo com catapultas e aparelho de parada do Joint Strike Fighter (caça de ataque conjunto). O F-35A é o modelo da Força Aérea, e o F-35B será a versão de decolagem e pouso vertical dos Fuzileiros Navais.



sábado, 2 de outubro de 2010

F-X2 ou ‘Tampão 2′?





A visita do Ministro da Defesa Nelson Jobim aos Emirados Árabes Unidos (EAU) trouxe uma série de boas notícias para a indústria aeronáutica brasileira. Conforme anunciado pelo próprio ministro os Emirados estariam interessados não só na aquisição de um lote de aviões de ataque leve Super Tucano, mas também na participação do programa da aeronave de transporte KC-390.

Este seria uma ótima oportunidade para que a indústria aeroespacial brasileira voltasse ao rentável mercado de defesa do Golfo Pérsico, um dos mais importantes do globo. Desde o final da década de 1980, os produtos da indústria de defesa do Brasil deixaram de marcar presença na região, e tal empreitada representaria um retorno depois de 20 anos.
 
Mas a euforia inicial começou a perder impacto e ser substituída por uma enorme apreensão geral. Como sempre, existem contrapartidas neste mercado de defesa e dificilmente os EAU comprariam aeronaves do Brasil sem exercer esta opção. Uma das hipóteses levantadas para esta negociação seria a venda de caças Mirage 2000-9 para equipar a Força Aérea Brasileira (FAB).
Como é de conhecimento geral, os EAU pretendem substituir seus Mirage-2000-9 por caças mais modernos e um dos concorrentes é o Rafale, também da Dassault. Existe a possibilidade da França receber de volta os Mirage, e repassar estas mesmas aeronaves para um outro país.

F-X2 em perigo

A conclusão do programa F-X2, que visa dotar a FAB de um novo vetor de caça, depende apenas da decisão política, uma vez que todo o processo de avaliação dos concorrentes já foi feito pelo Comando da Aeronáutica (CA). No entanto, esta etapa final do F-X2 vem se arrastando desde o começo do ano, quando o relatório do CA foi entregue ao Ministério da Defesa.

Até o momento nenhuma decisão foi tomada e, com isso, perdeu-se um tempo precioso. É sabido que os atuais vetores de caça da FAB necessitam de um substituto pois nenhum caça, por melhor que seja, pode existir para sempre. O problema é que, com a demora, o fantasma do “caça tampão” volta rondar as bases brasileiras.

Previa-se a entrada do próximo caça (escolhido pelo processo F-X2) em 2014, mesma época em que os Mirage 2000 (F-2000) deixariam o serviço ativo no 1º GDA (Grupo de Defesa Aérea). Muito dificilmente estas aeronaves continuarão voando de maneira realmente efetiva além do tempo programado. Deve-se lembrar que estes caças vieram para a FAB para “tapar uma lacuna”, deixada com a desativação dos Mirage III (F-103), e nenhum processo de modernização dos mesmos foi pensado.

‘Tampão 2′?

Pelo exposto acima, a possibilidade de existir mais um caça tampão parece bastante razoável e a ideia não é nova. A novidade está exatamente na possibilidade do Brasil adquirir caças Mirage 2000-9 usados provenientes da Força Aérea dos EAU como parte de um possível acordo de defesa entre os dois países.

O Mirage 2000-9 é uma das versões mais modernas da família Mirage, incorporando também soluções adotadas para o Dassault Rafale, da geração de caças posterior. O “traço nove” é superior até mesmo aos Mirage 2000 em uso pela Força Aérea Francesa (Armée de l’air). Ao todo, os EAU possuem perto de 60 caças no padrão “traço nove”, sendo que parte deles pertenciam a um lote anterior e foram modernizados. O lote mais recente começou a ser recebido em 2003.

Em parte, a configuração desses aviões pouco difere da proposta apresentada pelo consórcio Embraer/Dassault para o finado programa F-X. O grande temor está exatamente aí. Pelas quantidades existentes deste caça nos EAU (cerca de sessenta) e pela pouca idade destas aeronaves (metade deles possui menos de dez anos) é possível que o “tampão 2″ torne-se o caça padrão da FAB por muitos anos, extinguindo completamente o programa F-X2.

Se esta hipótese se concretizar, todo o projeto de se possuir uma aeronave moderna e no estad0-da-arte, com participação da indústria nacional e de acordo com as necessidades brasileiras irá por água abaixo. O próximo “tampão”, poderá não ser somente um tampão, mas o futuro caça da FAB pelas próximas duas ou três décadas.



E se… os Mirage 2000-9 dos Emirados viessem para a FAB?


Há tempos se fala que os Emirados Árabes Unidos querem que a Dassault receba de volta seus Mirage 2000-9, como requisito para comprar o Rafale (além das próprias exigências quanto à modernização do Rafale). Assim, a Dassault  revenderia as aeronaves a um outro operador. Também há tempos se especula que essa negociação poderia terminar com os Mirage 2000-9 (em torno de 60 aeronaves) pousando aqui na Força Aérea Brasileira.

Vale lembrar que, dessas aeronaves, aproximadamente metade corresponde a modelos novos de fábrica (contrato assinado em 1998 e operacionais a partir de 2003). A outra metade é de um lote de 30 aeronaves Mirage 2000 de versões mais antigas (contrato de 1986), elevadas ao mesmo padrão. Para mais detalhes desse histórico, que inclui a tradição dos EAU em operar outros “Deltas” da Dassault desde os anos 1970, clique aqui para acessar um arquivo pdf da Dassault (em inglês), já disponibilizado para debate aqui no Poder Aéreo, no ano passado.


Voltando à pergunta do título da matéria: independentemente da possibilidade real disso acontecer, o Poder Aéreo convida os leitores a uma série de perguntas relacionadas a esse exercício de “e se”.
E se isso acontecesse?

Se os 60 Mirage 2000-9 fossem entregues à FAB nos próximos anos, o que seria do F-X2? Seria uma negociação envolvendo o futuro do Rafale também por aqui ou apenas nos Emirados? Estaríamos todos juntos (França, Emirados e Brasil) no desenvolvimento de uma versão mais moderna do Rafale ou não?
 Pelo desempenho e tecnologia dos Mirage 2000-9, pode-se dizer que são aeronaves comparativamente superiores, em vários quesitos, aos nossos F-5M e futuros A-1M (o leitor pode discordar, se quiser). Levando em conta essa superioridade, que esquadrões seriam os primeiros a receber essas 60 aeronaves? Quantos esquadrões seriam? Em que bases operariam, nas mesmas de hoje ou em outras?


E o futuro após essa decisão? Poderiam posteriormente esses Mirage 2000-9 continuar em operação após a chegada de uma aeronave superior (provavelmente o próprio Rafale, dentro dessa hipótese)?  E depois?
Ou a própria entrada do Mirage 2000-9 seria um balde de água fria no F-X2?
 Seria um ganho de tempo rumo a um caça de quinta geração? Ou seria uma perda de tempo?



IMPORTANTE: escreva o que você acha a respeito, lembrando que, pela própria razão de ser de um exercício de “e se”, não  vale argumentar que essa compra não aconteceria. É um exercício que parte da hipótese de que aconteceria, por mais absurda (ou não) que a hipótese seja, podendo também ir além das perguntas sugeridas acima. Bom debate a todos!


Os Irmãos Wright copiaram dados do 14-Bis?

Uma das maiores polêmicas da História da Aviação envolve a invenção do avião, sendo que muitos reivindicam o mérito dessa invenção.

Os mais conhecidos reivindicantes são os irmãos americanos Orville Wright e Wilbur Wright, que declararam ter inventado e realizado os primeiros vôos do mais-pesado-que-o-ar.

Os alegados feitos dos irmãos americanos são permeados de vários fatos obscuros, que carecem de explicações satisfatórias, onde vários questionamentos nunca foram devidamente esclarecidos, colocando em dúvida se seus alegados feitos, realmente, ocorreram da forma como relataram.

Isto posto, vamos expor aqui uma curiosa correspondência, de 1906, entre Wilbur Wright e o Capitão Ferber, que era Oficial do Exército Francês e amigo dos Irmãos Wright, onde são solicitados dados exatos sobre o 14-bis, logo após o famoso vôo público de Santos Dumont, realizado em 12 de novembro de 1906, que foi certificado pelo Aeroclube da França e pela a FAI (Federação Aeronáutica Internacional), que declarou como o primeiro vôo recorde em avião, com controle nos três eixos (com profundor, leme e ailerons),  sendo tal recorde, para aquela data, mantido até os dias de hoje.

Esse  famoso recorde de Santos Dumont incomoda muito os defensores da versão americana, que é desprovida de qualquer certificação válida, à época, por órgão de reputação séria no meio aeronáutico, sendo que os irmãos americanos aparecem no livro de recordes da FAI, somente, na oitava colocação.

Um fato interessante que envolve essa correspondência é que essa carta não é citada em sua íntegra nos sites de língua inglesa, sendo que o trecho onde Wilbur Wright solicita os dados do 14-bis é, simplesmente (convenientemente?) ignorado, sendo transcrito, apenas, parte da correspondência em questão.

Não foi encontrado, até o momento, nenhum site de língua inglesa que transcreva essa carta na íntegra. O que acontece é que, ou a carta não é mencionada (e é o que ocorre na maioria das vezes) ou, nos poucos sites onde a mesma é mencionada, sofre cortes, justamente no trecho onde Wilbur Wright pede os dados do 14-bis.

Wilbur Wright, em uma outra carta*, de 1907, onde faz ofertas parecidas  às contidas na carta transcrita a seguir, também solicitou ao Capitão Ferber, a descrição do “Voisin Biplane”, que era a aeronave de Henry Farman, após o memorável feito do primeiro vôo circular da história, realizado pelo pioneiro francês em 13 janeiro de 1907.

Segue a transcrição da carta, que solicita os dados do 14-Bis, na íntegra*:

“Dear Captain Ferber,

My brother Orville and I learned through reading the correspondence from Paris Published in the New York Herald, that the French public had highly appreciated a 220 metre flight in a straight line made by Mr. Santos-Dumont in an airplane of his own construction.
We would like very much to have exact reports of the experiments made at Bagatelle and hope that you will draw up for us a correct list of the trials and give us a description of the flying machine and drawing of same .

We have already seen by the picture in the New York Herald that the airplane rests on three wheels and we deduce from this that Mr. Santos-Dumont, in order to effect his start-off, has first to make a run over a long level field. With the aid of the starting-off, pillar that we use, Orville and I speedily go right up into the air in a much more practical fashion.

Now, in view of the fact that the French consider a 220 metre flight in a straight Line over the ground to be a “sensational performance”, we are sure to find a lot in Favour  if we come to exhibit in France; but the voyage and the transportation of the Machine and the pillar cost much more money than the two poor  Dayton mechanics can afford to spend; also, dear Captain Ferber, if French experts, under your management, desire to come to Dayton, we will give them a demonstration of the machine in the neghbouring field, flying for five minutes in a complete circle and let them have an option of the performance and release of the machine, for $50000 (fifty thousand dollars), cash down.

Yours truly,

Wilbur Wright.”

Obs: os grifos são nossos.

Tradução:

“Caro Capitão Ferber,

Meu irmão e eu tomamos conhecimento, por uma correspondência de Paris publicada no ’New York Herald’, que o público francês apreciou grandemente um vôo de 220 metros em linha reta de Santos Dumont, num aeroplano de sua construção.
Ficaríamos muito satisfeitos de conhecer notícias exatas sobre as experiências de Bagatelle, e estamos certos de que fareis para nós um relatório fiel dos ensaios e uma descrição da máquina voadora, acompanhada de um esquema.

Já tivemos a oportunidade de ver, numa gravura do ‘New York Herald’, que o aeroplano repousa na terra sobre três rodas, deduzimos então que necessário se faz, a Santos Dumont, uma corrida prévia para decolagem, isto realizado sobre um campo extenso e uniforme. Com a catapulta de lançamento que empregamos Orville e eu, saltamos diretamente no ar, com a velocidade adequada, de uma forma mais prática.

Desde que os franceses julgam sensacional o desempenho de um vôo em linha reta de apenas 220 metros, estamos certos de encontrar excelente ambiente se chegarmos a fazer exibições na França. Entretanto, a viagem e o transporte da máquina e da catapulta, obrigarão despesas elevadas para dois pobres mecânicos de Dayton. Por isso, caro capitão Ferber, se técnicos franceses, escolhidos por vós, desejarem vir a Dayton, para eles faríamos a exibição da máquina no campo vizinho, com um vôo de cinco minutos, em circuito fechado, cedendo-lhes opção para desempenho e venda da máquina, mediante o pagamento de 50.000 dólares..

Cordialmente,

Wilbur Wright”

Obs: os grifos são nossos.

Essas cartas, supramencionadas, foram publicadas na Revista “L’Envol – Número 39” de 1932, França.

Por oportuno, é importante lembrar que Santos Dumont não guardava nenhum segredo de seus experimentos e invenções, bem como tornava públicas todas as suas descobertas na área da aviação. Tal fato tornava fácil a obtenção dos dados do 14-Bis.
É importante observar que as promessas de vôo e de demonstrações ofertadas pelos Irmãos Wright, nas cartas supramencionadas,  nunca foram cumpridas antes de 1908.


Perguntas:
- Para qual finalidade os Irmãos Wright queriam os dados daquelas aeronaves pioneiras?
- O que os Irmãos Wright fizeram com aqueles dados?
- Os Irmãos Wright usaram os dados do 14-bis e da aeronave de Henry Farman e, dessa forma, se capacitaram a voar publicamente em 1908, dois anos após Santos Dumont?
Finalmente, por que será que essa carta de Wilbur Wright, solicitando os dados do 14-bis, sofre tanta censura? Medo de a verdade sobre a invenção do avião macular, indelevelmente, a reputação dos Irmãos Wright?


FONTES:
* Robert Gastambide – L’Envol – Número 39 – Sétima Edição – Librairie Gallimard – França, 1932.
* Santos Dumont e a Conquista do Ar – Aluízio Napoleão – Editora Itatiaia Limitada -Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica, Brasil 1988.

Se Lula optar pelo Rafale, terá que justificar muito bem a escolha




O suspense sobre a compra dos 36 caças para renovar a Força Aérea Brasileira marcou este ano eleitoral no Brasil. Três empresas estão na concorrência: a francesa Dassault com o Rafale, a sueca Saab com o Gripen e a americana Boieng com o F-18. Depois de muito adiar, o presidente Lula promete anunciar o vencedor da licitação logo após as eleições. Isso prova o temor de que a escolha pudesse interferir na campanha.
Há um ano, Lula chegou a declarar sua preferência pelos Rafale da França, país com quem o Brasil tem uma parceria estratégica no setor de defesa desde dezembro de 2008. Mas um relatório técnico da FAB, que vazou para a imprensa, aponta o sueco Gripen, muito mais barato, moderno e com melhor oferta de transferência de tecnologia, como a melhor alternativa.
“O relatório da Força Aérea Brasileira tem uma preocupação muito grande com os custos de manutenção dos aviões. Os Gripens tem um custo muito mais baixo de manutenção e de horas de voo. Isso significa, do ponto de vista da FAB, que ela terá condições de treinar um número muito maior de pilotos, por muito mais tempo”, avalia o professor Antônio Jorge Ramalho, especialista em defesa do Instituto de Relações Internacionais da UNB, Universidade de Brasília.

Parceria França-Brasil

O presidente Lula vai escolher, mas a conta do negócio de mais de 10 bilhões de reais será paga pelo seu sucessor. Se o presidente tomar uma decisão política, ele terá que justificar muito bem a escolha. “Não se sabe exatamente o que a França daria ao Brasil em troca desta escolha”, afirma o professor da UNB, acrescentando que o presidente Lula pode tomar esta decisão “desde que ele explique satisfatoriamente à sociedade o que se está recebendo em troca dessa concessão que parece, do ponto de vista técnico, tão absurda”.
 A parceria estratégica entre a França e o Brasil já existe. Helicópteros e submarinos estão sendo construídos conjuntamente pelos dois países. Para o professor, não convém acentuar a dependência brasileira em relação à França no setor de defesa.
 “O fato de ter deixado a decisão para depois das eleições evidencia que é um tema que se tornou sensível politicamente e que na visão do presidente, poderia dar munição à oposição”, estima Antônio Jorge Ramalho.


FONTE:Rádio França Internacional, via Notimp


Fotos do primeiro EC725 do Exército em voo



Essas fotos do EB5001 foram publicadas no informativo “O Águia”, da Aviação do Exército e disponibilizadas pelo site Voo Tático.

FONTE: http://vootatico.com.br

Florianópolis é cenário de treinamento de busca e resgate até domingo.



As manobras de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) chamam a atenção de moradores de Florianópolis na manhã desta sexta-feira. Até domingo, o céu da Capital será o cenário de um treinamento militar com simulações de busca e resgate. Uma aeronave C-130 Hércules sobrevoará as baías Norte e Sul da Ilha de Santa Catarina, das 7h30min às 12h e das 13h às 18h.
A operação para treinar militares em missões conta com o Grupo de Transporte de Tropa, do Rio de Janeiro. Serão utilizados sinalizadores com fumaça que orientam a tripulação em relação à intensidade do vento e da correnteza, além de marcar pontos de referência no mar (para identificar sobreviventes ou cargas).
As simulações são fundamentais em operações envolvendo acidentes como a queda de aviões. Nos últimos anos, por exemplo, os militares encontraram partes da fuselagem do voo AF 447 e atuaram na tragédia com o voo Gol 1907, que completou quatro anos em setembro.
Em julho, os sinalizadores da Aeronáutica deixaram os catarinenses confusos. Enquanto alguns pensavam que eram OVNIs, outros falavam em queda de um avião. A movimentação no ceú também fazia parte de uma operação da FAB.

FONTE / FOTO: Diário Catarinense