sábado, 2 de outubro de 2010

E se… os Mirage 2000-9 dos Emirados viessem para a FAB?


Há tempos se fala que os Emirados Árabes Unidos querem que a Dassault receba de volta seus Mirage 2000-9, como requisito para comprar o Rafale (além das próprias exigências quanto à modernização do Rafale). Assim, a Dassault  revenderia as aeronaves a um outro operador. Também há tempos se especula que essa negociação poderia terminar com os Mirage 2000-9 (em torno de 60 aeronaves) pousando aqui na Força Aérea Brasileira.

Vale lembrar que, dessas aeronaves, aproximadamente metade corresponde a modelos novos de fábrica (contrato assinado em 1998 e operacionais a partir de 2003). A outra metade é de um lote de 30 aeronaves Mirage 2000 de versões mais antigas (contrato de 1986), elevadas ao mesmo padrão. Para mais detalhes desse histórico, que inclui a tradição dos EAU em operar outros “Deltas” da Dassault desde os anos 1970, clique aqui para acessar um arquivo pdf da Dassault (em inglês), já disponibilizado para debate aqui no Poder Aéreo, no ano passado.


Voltando à pergunta do título da matéria: independentemente da possibilidade real disso acontecer, o Poder Aéreo convida os leitores a uma série de perguntas relacionadas a esse exercício de “e se”.
E se isso acontecesse?

Se os 60 Mirage 2000-9 fossem entregues à FAB nos próximos anos, o que seria do F-X2? Seria uma negociação envolvendo o futuro do Rafale também por aqui ou apenas nos Emirados? Estaríamos todos juntos (França, Emirados e Brasil) no desenvolvimento de uma versão mais moderna do Rafale ou não?
 Pelo desempenho e tecnologia dos Mirage 2000-9, pode-se dizer que são aeronaves comparativamente superiores, em vários quesitos, aos nossos F-5M e futuros A-1M (o leitor pode discordar, se quiser). Levando em conta essa superioridade, que esquadrões seriam os primeiros a receber essas 60 aeronaves? Quantos esquadrões seriam? Em que bases operariam, nas mesmas de hoje ou em outras?


E o futuro após essa decisão? Poderiam posteriormente esses Mirage 2000-9 continuar em operação após a chegada de uma aeronave superior (provavelmente o próprio Rafale, dentro dessa hipótese)?  E depois?
Ou a própria entrada do Mirage 2000-9 seria um balde de água fria no F-X2?
 Seria um ganho de tempo rumo a um caça de quinta geração? Ou seria uma perda de tempo?



IMPORTANTE: escreva o que você acha a respeito, lembrando que, pela própria razão de ser de um exercício de “e se”, não  vale argumentar que essa compra não aconteceria. É um exercício que parte da hipótese de que aconteceria, por mais absurda (ou não) que a hipótese seja, podendo também ir além das perguntas sugeridas acima. Bom debate a todos!


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